
Num giro pelo morro,
o que se viu foram becos
De pernas pro ar.
A girar, a girar,
Num giro desses foi logo a saia amarrar
E pintar, e bordar
Em cores que giram por todo o lugar.
E lá vai ela, a girar, a girar
Girando na avenida
Girando por toda a vida
E lá foi ela girar
Por onde giram as estrelas
E agora gira, gira
Por todo o sempre
Com sua saia rodada
E a alma toda enfeitada
Com as folhas, frutos e louros
Em volta do tronco forte
da árvore que dá samba:
Nair dos Santos, a NAIR PEQUENA, uma das fundadoras da Estação Primeira de Mangueira, foi também a fundadora da 1ª ala feminina da escola, a “Ala das Cozinheiras”. Mas foi na ala das baianas que ganhou notoriedade, sendo considerada a mais famosa baiana da história da verde e rosa. Seu amor pela Mangueira era tão grande, que sua “passagem” foi em plena avenida: no desfile das campeãs de 1970, quando a escola ficara em 3º lugar com “Um cântico à natureza”, Nair Pequena “morreu de alegria, de emoção”. Toda a escola seguiu, como que num cortejo, com a bateria fazendo a marcação apenas com seu surdo de primeira.

Alcione, fez em forma de canção, uma bela homenagem. “Nair Grande”, é uma faixa do disco “Acesa”, e fala dessa que é sem dúvida alguma, uma das estrelas que formam a grande constelação Mangueirense.
Cadê? Cadê? As congadas de Nair?
Ouvi dizer
Nair Grande já chegou
No céu da Mangueira Nair arengueira
Tá com Dona Zica e Angenor”