“A Mangueira não morreu, nem morrerá, isso não
acontecerá!” SERÁ?
Nossa escola começa a pagar o
preço de sua longevidade: recentemente
perdemos dois grandes nomes da escola, o Mestre Delegado, o maior mestre-sala
de todos os tempos, e o JC Neto, um de nossos baluartes. A Mangueira já passou dos 80 anos, e aos
poucos e com o passar dos anos, foi perdendo suas referências. Ninguém é insubstituível, mas, nomes como
esses que citei, além de Jamelão, Dona Zica, Dona Neuma, Mestre Cartola, Xangô
da Mangueira, Neide e tantos outros nomes que foram brilhar no infinito fazem
uma falta enorme. Essas pessoas ajudaram
a escrever não só a história de nossa escola, mas a história do carnaval
carioca, que se hoje é o que é (me referindo à parte boa e não ao que se
tornou), deve e muito a essas pessoas, que são de um tempo em que um desfile
era apenas a consagração do que eles faziam no dia a dia. Eles viviam Mangueira nos 365 dias do ano, e
são de um tempo em que o orgulho de ser Mangueirense era mais ingênuo e não
menos eloquente que hoje. Naquele tempo
já existiam disputas internas, e tudo isso que hoje vemos superdimensionado
pela mídia dita especializada não é nenhuma novidade. Não vou entrar no mérito
do que vira e mexe vejo escrito por pessoas que se entitulam colunistas,
jornalistas, especialistas porque qualquer um poderia me colocar nesse balaio
de gatos (ou melhor, de gatunos), que escrevem meia dúzia de linhas em troca
todo mundo sabe bem de que.
Foto: Postada por André Augusto de Andrade1-BAIANA,2-GENÉSIO,3-ZICA,4-WALDOMIRO,5-DELEGADO,6-SINHOZINHO,7-XANGÔ E 8-AFONSO
O que me
preocupa de verdade, é que nossa escola não tem mais produzido esses grandes
nomes que são a raiz que sustenta nosso nome, nosso prestígio, e tudo aquilo que o nome Estação Primeira de
Mangueira, mesmo bem combalido, ainda
provoca em todos os verdadeiros amantes do samba e do carnaval. Existem muitos jovens valorosos despontando
em nossa escola, e que no futuro certamente vão fazer parte da galeria dos
grandes Mangueirenses, mas não vejo esse
surgimento com tanta força como outrora.
Temo que a nossa escola tome o rumo de grandes escolas do passado, e não
canso de dizer isso, porque até bem pouco tempo era inimaginável vermos escolas
tradicionalíssimas nos grupos de acesso!
E também me causa um certo desconforto saber que simplesmente a força do
nosso nome pode garantir ou não a nossa manutenção no Grupo Especial, porque
comercialmente falando, seria uma tragédia a Mangueira fora das grandes do
Rio. E nós, vamos cada vez mais nos
conformando com isso, e nossas raízes vão ficando cada vez mais
esquecidas...Dentre tantas coisas que ainda falta na nossa escola, uma delas é
sem dúvida o resgate de sua cultura. A
Mangueira tem uma cultura ímpar, e isso
precisa ser potencializado, para que possamos
continuar a ser o celeiro de bambas que sempre fomos, e continuar
causando essa coisa mítica que só nós, com nosso verde e rosa, somos capazes de fazer.
“RESPEITEM QUEM PÔDE CHEGAR ONDE
A GENTE CHEGOU!” – e isso serve muito mais para nós mesmos do que para as
co-irmãs.
Fico feliz de estar navegando pela net e me deparar com este blog. Ao ler este texto, pude ver o quando é interessante e sensato, pois vai de encontro a tudo que eu penso a respeito da nossa imortal Mangueira. Está explícito o que a maioria ainda não consegue enxergar. Estamos perdendo as raízes, sem a reposição necessária, e, infelizmente, tudo está mudando para pior, não só na nossa querida Verde e Rosa, mas no mundo do samba em geral. Não tenho a fórmula para resgatar o que possuíamos. O nome de peso, as cores diferentes, o surdo de primeira, nossos baluartes, sambas de levantar poeira... isso só não basta para que a Mangueira seja a Mangueira! Acho que deveria começar a mudança pelo presidente... Um abraço e parabéns pelos textos.
ResponderExcluirCesar Rodrigues
estou ajudando os meus amigos do blog pega ai! enviando esse link que ensina como trazer mais visitas para seu site ou blog
ResponderExcluirsem compromisso vale apena.
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